Resistência é um processo do ser humano que ocorre quando a pessoa se encontra sob algum tipo de ameaça.
Segundo Sigmund Freud, o pai da psicanálise, o conceito de resistência é utilizado para se referir há obstáculos que se infundiram ao tratamento psicanalítico. Como existem diversas definições sofre resistência na psicoterapia. Vamos recorrer a de Roudinesco et al (1998): “o conjunto das reações de um analisando cujas manifestações, no contexto do tratamento, criam obstáculos ao desenrolar da análise”.
A resistência na clínica psicanalítica nada mais é do que uma forma de burlar a associação livre.
Voltando a Freud, podemos notar que a questão das resistência foi vista apenas pelo modo negativo, como uma barreira ao atendimento e o progresso do paciente. Foi no caso da Srta. Elisabeth von R. (Caso da Srta. Elisabeth von R.; 1893) em “Estudos sobre a histeria” (1893 – 1895), que Freud nota que a técnica da hipnose não foi exitoso, não surtiu o desejado efeito.
A partir deste momento, Freud percebe a necessidade de levar em consideração esta resistência da paciente em expor suas lembranças. Então, começa um trabalho minucioso para entender em que momento a resistência acontecia de modo mais acentuado. Desde então, podemos dizer que, mesmo ainda tendo o objetivo de dificultar o atendimento da análise, é vista como parte importante no processo. Com uma boa avaliação desta resistência pode retratar a realidade psíquica e as defesas do sujeito no confrontamento do seu dia a dia.
Segundo Zimermam, “é impossível uma classificação unânime e sistematizada dos tios de resistência; visto as inúmeras diferenças encontradas na literatura psicanalítica e os diversos pontos de análise”. (Fundamentos Psicanalíticos, Zimermam, 1999).
As resistências podem aflorar do ego e de outros elementos psíquicos por meio das emoções, ideações, fantasias, atitudes, linguagem, somatizações ou impulsos.
Vejamos abaixo, simplificadamente, as resistências provenientes do ego, as provenientes do id e as provenientes do superego.
=> Resistências Provenientes do Ego
Resistência de repressão – ocorre quando o paciente tenta fugir de conversas de assuntos incômodos, constrangedores ou dolorosos.
Resistência de transferência – quando o analisando luta contra a relação com o analista.
Resistência de ganho secundário – quando o paciente tira proveito da própria doença em seu beneficio.
=> Resistência Provenientes do Id
Resistência de mudança – quando o paciente de forma inconsciente resiste aos impulsos instituais de qualquer mudança no seu modo de viver ou na forma de se expressar (compulsão a repetição)
=> Resistência Provenientes do Superego
Resistência do superego – obviamente está ligada ao sentimento de culpa e da necessidade de punição.
A resistência em psicanalise é um dos conceitos que sustenta a atuação do analista, dando base para a compreensão das dores no processo terapêutico. Desse modo, saber trabalhar com esse elemento melhora a forma de atender, aperfeiçoando o nível de excelência.
Então, o que achou do conteúdo? O que acha de conhecer um pouco mais do seu inconsciente? A psicanálise clínica pode te proporcionar esta oportunidade através de uma escuta ética, agende já seu atendimento online, ajuste-se ao seu ritmo e no conforto do seu lar.